Mas já não era mais o corpo dela que o prendia alí, provavelmente ele nem sabia porque continuava naquele quarto escuro com aquela estranha e tão familiar mulher.
Talvez fosse o perfume inebriante que o corpo dela exalava, ou o gosto levemente adocicado de seus beijos, cobertos de desejos, ou quem sabe, simplesmente fossem as palavras dela para ele [dele para ela]:
- Quero você!
Havia urgência naquele pedido, naquela ordem. Havia um misto de paixão e loucura, ou seria só imaginação? Ele não saberia dizer, era estranho ter que explicar. Sempre fora tão natural. Tudo isso parecia insano.
Ela o mantia alí. Sem explicações, sem amarras.
Ela o amava.
Ele a amava.
E no entanto, ambos nunca souberam o que era o amor.
Amavam sem ter porquê, amavam ser ter pra quê,
simplesmente [se] amavam.
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