segunda-feira, 10 de maio de 2010

Pode entrar, a casa é sua...

Quando chegar, não entre devagarinho, ganhando espaço.
Simplesmente entre, se jogue no sofá, pegue o controle da tv e abra a geladeira.
Aja como se a casa fosse sua, ocupe cada espaço dela com seus pretextos e manias.
Espalhe seu perfume na casa, pra que eu sinta até na sua ausência, quebre alguma coisa,
será um sinal de que você esteve mesmo alí, que não é minha imaginação me pregando uma peça.

Quando chegar, não espere que eu esteja esperando por você, pois já desisti de te esperar,
só sei que vai vir, e isso já se tornou o suficiente.
Por isso, não estranhe quando eu tentar te colocar pra fora, apenas não se deixe ir.
Não se deixe vencer por mim, sou teimosa, mas desisto quando sei que não vou ganhar.
Quando chegar, pode entrar, a casa é sua...


[não sei se essa é minha verdade, mas gostaria que fosse,
um amigo disse que as vezes escrevemos não o que somos,
mas o que gostariamos de ser, acho que ele tinha razão,
pelo menos quando se referia a mim.]

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